Boa
tarde, atelie@comlola!
Fui
marcada no post de vcs pela Dani Figueiredo, para contar a nossa
história.
Acredito
no amor verdadeiro, incondicional e puro. Tento, como enfermeira pediátrica que
sou, que todas as crianças ao meu redor recebam o que lhes é de direito, saúde,
educação, respeito, um lar acolhedor, alimentação, vestuário e o principal,
muito amor, carinho e compreensão.
Minha
história se inicia quando eu tive minha primeira bebê, de parto normal, a C., que faleceu aos 9 meses de gestação, a 28 anos atrás. Dois anos depois
nascia a B., de cesariana, hj com 26 anos, se formando em Direito ano que
vem, linda e muito amada. Depois entramos na fila para a adoção, e
adotamos o L. com 4 meses, hoje um lindo e muito inteligente adolescente de
14 anos.
Estávamos
muito satisfeitos maternalmente, quando meu cunhado, irmão do meu marido, e
sua companheira, ambos viciados em crack e álcool, engravidaram do
primeiro filho, o meu G., de 6 anos. Eles o jogaram literalmente nas dunas
da praia da Joaquina, aqui em Florianópolis, aos 4 meses de vida.
E daí em
diante começou a trajetória de grandes sofrimentos. Adotamos G., nosso filho
radical, estamos no aguardo da certidão de nascimento. Entramos na época com
pedido de ajuda ao MP para laqueadura da genitora.
Depois
vieram C., hoje com 5 anos, vendido por R$100,00 e a polícia levou 10 meses
para encontrá-lo, nosso crespo querido, mas infelizmente nossos EX compadres,
que eram nossa rede de apoio, entraram com o pedido de adoção do nosso filho,
já com adoção conclusa, e com isso dividimos a guarda, indo contra ao ECA que
determina que os irmãos sejam criados juntos e na família biológica, como
somos, já que o pai biológico dos quatro menores é irmão do meu marido. A luta
está sendo árdua, mas lutaremos para manter nossos filhos perto de nós e unidos
como irmãos consanguíneos que são.
Depois
nasceu a V., hj com 4 anos, prematura de peso e tempo, com 0,900 gr de
pura garra e vontade de viver. V. havia sido oferecida por R$ 1.000,00 mas como a genitora havia começado a tomar álcool de combustível,
V. nasceu bem debilitada e depois de muito tempo de internação, do hospital
veio direto para nossa casa, ao lado da família e irmãos.
E nada de
laqueadura :-(
Por fim
nasceu M., hoje com 3 anos. Infelizmente o MP entendeu que a demanda
em nossa casa era grande, e com razão. Mas não pensaram que nós somos a família
dela, e que os irmãos dela estavam conosco. E a mandaram da maternidade para o
abrigo. Lá ela permaneceu por longos 8 meses, com proibição de visita da
família. Não satisfeitos, resolveram dar uma oportunidade aos genitores e
entregaram M. à eles :'(
E depois
de 4 meses junto aos genitores, a nossa pequena M., dengosinha e
sorridente, nos foi entregue pela polícia militar e conselho tutelar, espancada
ao extremo. Enfim, hoje estão todos juntos, cercados de muito amor e
carinho.
Claro,
todos os cinco filhos adotados tem sequelas da drogadição e alcoolismo.
Tomam
medicações de uso controlado, precisam de fonoaudiólogas, psicólogos,
psicopedagogas, neurologistas, neuropsicóloga, urologistas,
pediatras.....
Mas o
mais importante é todos estarem sendo atendidos em suas necessidades, saúde,
educação, diversão, muito amor, respeito e compreensão para todos. Dos 5
filhos, 4 já estão com a adoção conclusa, faltando só a pequena M. . E se
Deus quiser e permitir, logo tudo chegará ao final em breve.
Desejo de
coração que nossa história sirva de conforto e esperança para todas as famílias
que aguardam na fila de espera para adoção de seus filhos. Sei das dificuldades
impostas pela justiça brasileira, mas se faz necessário para a proteção das
crianças e adolescentes.
Que Deus
abençoe a todos!
Paz e bem!
Com
carinho,
Raquel
Grisard.
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