9 de nov. de 2015

Amor incondicional



Boa tarde, atelie@comlola!



Fui marcada no post de vcs pela Dani Figueiredo, para contar a nossa história. 



Acredito no amor verdadeiro, incondicional e puro. Tento, como enfermeira pediátrica que sou, que todas as crianças ao meu redor recebam o que lhes é de direito, saúde, educação, respeito, um lar acolhedor, alimentação, vestuário e o principal, muito amor, carinho e compreensão. 


 



Minha história se inicia quando eu tive minha primeira bebê, de parto normal, a C., que faleceu aos 9 meses de gestação, a 28 anos atrás. Dois anos depois nascia a B., de cesariana, hj com 26 anos, se formando em Direito ano que vem, linda e muito amada. Depois entramos na fila para a  adoção, e adotamos o L. com 4 meses, hoje um lindo e muito inteligente adolescente de 14 anos. 



Estávamos muito satisfeitos maternalmente, quando meu cunhado, irmão do meu marido, e sua  companheira, ambos viciados em crack e álcool, engravidaram do primeiro filho, o meu G., de 6 anos. Eles o jogaram literalmente nas dunas da praia da Joaquina, aqui em Florianópolis, aos 4 meses de vida. 

E daí em diante começou a trajetória de grandes sofrimentos. Adotamos G., nosso filho radical, estamos no aguardo da certidão de nascimento. Entramos na época com pedido de ajuda ao MP para laqueadura da genitora. 



Depois vieram C., hoje com 5 anos, vendido por R$100,00 e a polícia levou 10 meses para encontrá-lo, nosso crespo querido, mas infelizmente nossos EX compadres, que eram nossa rede de apoio, entraram com o pedido de adoção do nosso filho, já com adoção conclusa, e com isso dividimos a guarda, indo contra ao ECA que determina que os irmãos sejam criados juntos e na família biológica, como somos, já que o pai biológico dos quatro menores é irmão do meu marido. A luta está sendo árdua, mas lutaremos para manter nossos filhos perto de nós e unidos como irmãos consanguíneos que são. 



Depois nasceu a V., hj com 4 anos, prematura de peso e tempo, com 0,900 gr de pura garra e vontade de viver. V. havia sido oferecida por R$ 1.000,00 mas como a genitora havia começado a tomar álcool de combustível, V. nasceu bem debilitada e depois de muito tempo de internação, do hospital veio direto para nossa casa, ao lado da família e irmãos. 



E nada de laqueadura :-(  



Por fim nasceu M., hoje com 3 anos. Infelizmente o MP entendeu que a demanda em nossa casa era grande, e com razão. Mas não pensaram que nós somos a família dela, e que os irmãos dela estavam conosco. E a mandaram da maternidade para o abrigo. Lá ela permaneceu por longos 8 meses, com proibição de visita da família. Não satisfeitos, resolveram dar uma oportunidade aos genitores e entregaram M. à eles :'( 

E depois de 4 meses junto aos genitores, a nossa pequena M., dengosinha  e sorridente, nos foi entregue pela polícia militar e conselho tutelar, espancada ao extremo. Enfim, hoje estão todos juntos, cercados de muito amor e carinho. 



Claro, todos os cinco filhos adotados tem sequelas da drogadição e alcoolismo. 

Tomam medicações de uso controlado, precisam de fonoaudiólogas, psicólogos, psicopedagogas, neurologistas, neuropsicóloga, urologistas, pediatras..... 

Mas o mais importante é todos estarem sendo atendidos em suas necessidades, saúde, educação, diversão, muito amor, respeito e compreensão para todos. Dos 5 filhos, 4 já estão com a adoção conclusa, faltando só a pequena M. . E se Deus quiser e permitir, logo tudo chegará ao final em breve.



Desejo de coração que nossa história sirva de conforto e esperança para todas as famílias que aguardam na fila de espera para adoção de seus filhos. Sei das dificuldades impostas pela justiça brasileira, mas se faz necessário para a proteção das crianças e adolescentes. 



Que Deus abençoe a todos! 

Paz e bem! 

Com carinho, 

Raquel Grisard. 



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